segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Inhotim

Universidade Federal de São João del -Rei

Curso: Artes Aplicadas com Ênfase em Cerâmica 3º Período
Disciplina:Fundamentos da comunicação Data: 8/7/2010
Docente:Gedley


Resenha:

A indústria Cultural
O Iluminismo como mistificação das massas
Max Horkheimer e Theodor W. Adorno







Discente: Marcopolo de R. Bonaccio


A indústria cultural

A cultura contemporânea a tudo confere um ar de semelhança. Filmes, rádios constituem um sistema harmonizado em si e entre todos.
O cinema e o rádio se definem como indústrias o que não se diz é que o ambiente em que a técnica adquire tanto poder sobre a sociedade encara o próprio poder. A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação é o caráter repressivo da sociedade que auto-aliena.
A diferença do valor orçado na indústria cultural não tem nada a ver com a diferença objetiva de valor, com significado dos produtos. E o triunfo do capital investido.
A tarefa que o esquema kantiano ainda atribui aos sujeitos referente a multiplicidade sensível aos conceitos fundamentais é tomado do sujeito pela indústria.  Está realiza o esquematizo como um primeiro serviço ao cliente. Na alma agia segundo Kant, um mecanismo secreto que já preparava ao sistema da pura razão. Para o consumidor, não há mais nada a classificar que o esquematizou a produção já não tenha antecipadamente classificado. 
A indústria cultural se desenvolve com a primazia dos efeitos ao emancipar-se, tornando-se rebelde, e se erguera, desde o Romantismo até o Expressionismo.
Os lamentos dos historiadores de arte e dos defensores da cultura sobre a extinção da força geradora de estilo no Ocidente são acanhadamente infundados. A tradução que a tudo estereotipa, no esquema da reprodutibilidade mecânica, supera em rigor a validade qualquer estilo verdadeiro.
Eis o que resta da emoção inerente à obra, que não tem mais que afirmar sobre o material, é, ao mesmo tempo, negação do estilo. A conciliação do universal e do particular: eles são traspassados por uma turva identidade, o universo pode substituir o particular e vice-versa.
Os grandes artistas conservam a confiança para com o estilo e detém-si menos no estilo é uma promessa. Enquanto o conteúdo, por meio do estilo, entra nas formas dominantes da universalidade, na linguagem musical, pictórica, verbal, deve reconciliar com a idéia da universalidade autêntica.
Não é por acaso que o sistema da indústria cultural surgiu nos países industriais mais liberais, nos quais triunfaram todos os seus meios característicos: o cinema, o rádio, o jazz e as revistas. É verdade que seu desenvolvimento progressivo fluía necessariamente das leis gerais do capital. Acreditar que a barbaria da indústria cultural seja uma conseqüência de um “cultural log”, do atraso da consciência americana quanto ao estado alcançado pela técnica, é pura ilusão sob o monopólio privado da cultura sucede de fato que a tirania deixa livre o corpo e investe diretamente sobre a alma. Quem não se adapta é massacrado pela impotência econômica que se prolonga na impotência espiritual do isolado. Excluído da indústria, é fácil convencê-lo de sua insuficiência.
A mesmice também regula a relação com o passado. A novidade do estágio da cultura de massa em face do liberalismo tardio está na exclusão do novo. Nada deve permanecer como era tudo deve continuamente fluir, estar em movimento representando a má consciência social da arte séria.
O expectador não deve trabalhar com a própria cabeça, o produto prescreve toda e qualquer reação: não pelo seu contexto objetivo que desaparece tão logo se dirige à faculdade pensante, mas por meio de sinais. Toda conexão lógica que exija talento intelectual é escrupulosamente evitada.
A indústria cultural, não sublima, mas reprime e sufoca. E dessa forma muita coisa passa inclusive a libertinagem como especialidade comente em pequenas doses e com a etiqueta de ousado. A produção em série do sexo realiza automaticamente a sua repressão. O triunfo sobre o belo é realizado pelo humor, pelo prazer que se sente diante das privações bem-sucedidas.
O princípio básico consiste em lhe apresentar tanto as necessidades como tais, que podem ser satisfeitas pela indústria cultural, quanto por outro lado organizar antecipadamente essas necessidades de modo que o consumidor a elas se prenda sempre e apenas como eterno consumidor, como objeto da indústria cultural devendo contentar com o que é o oferecido.
Quanto menos a indústria cultural tem a prometer, quanto menos está em grau de mostrar que a vida é cheia de sentimento, tanto mais pobre se torna, por força das coisas, a ideologia por difundida.
Uma coisa é certa: a ideologia vazia de conteúdo não brinca em serviço quando se trata da previdência social. Para defender as próprias posições mantém-se viva uma economia em que, graças ao extremo desenvolvimento da técnica, as massas do próprio país já são de início, ultrapassadas na produção. A realidade compacta e sem lacunas, em cuja reprodução hoje resolve a ideologia, aparece tanto mais grandiosa, quanto mais vem mesclada do necessário sofrimento. O cinema trágico se torna definitivamente um instituto de aperfeiçoamento moral.
Na indústria cultural o indivíduo é ilusório não só pela estandardização das técnicas de produção. Ele só é tolerado a medida que sua identidade sem reservas com o universal permanece fora de contestação. A particularidade do Eu é um produto patenteado, que depende da situação social e que é apresentado como natural.
O valor de uso da arte, o seu ser, é para os consumidores um fetiche, a sua valorização social, que eles tomam pela escala objetiva das obras, torna-se o seu único valor de uso, a única quantidade de que usufruem. O que conta é o ato de vender o produto, o lucro não é só a sua intenção, mas o seu princípio exclusivo.
Os consumidores podem se alegrar que haja tanta coisa para ver e ouvir. Praticamente pode-se ter de tudo. A cultura é uma mercadoria paradoxal.
O caráter de montagem da indústria cultural a fabricação sintética e guiada dos seus produtos, industrializada não só no estúdio cinematográfico, mas virtualmente ainda na compilação das biografias baratas, nas pesquisas romanceadas e nas canções, adapta-se à propaganda. Técnica são economicamente propaganda e indústria cultural mostram-se fundidas.   
A repetição cega e a rápida expansão de palavras estabelecidas unem a publicidade de palavras de ordem totalitária. Infinitas pessoas usam palavras e expressões que ou nem mesmo mais compreendem, como símbolos protetores que se fixam tanto mais tenazmente aos seus objetos quanto menos ainda se está em grau de compreender o seu significado lingüístico.
As reações mais secretas dos homens são assim tão perfeitamente retificadas diante de seus próprios olhos que a idéia do que lhes é específico e peculiar apenas sobrevive sob a forma mais abstrata, isto é o triunfo da propaganda na indústria cultural.


·         A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação é o caráter repressivo da sociedade que se auto-aliena.
·         Os produtos da indústria cultural podem ser consumidos como mecanismo econômico.
·         Nega-se a emoção obra e reafirma sua resistência material.
·         A linguagem contribui para fortalecer o caráter publicitário da cultura isto é o triunfo da propaganda na indústria cultural.



   





Dan Graham - Bisected triangle, Interior curve, vidro espelhado e aço inoxidável, 220 x 713 x 504 cm, 2002. Foto: Marcopolo Bonaccio


Jarbas Lopes, Troca-Troca, 2002, fuscas com aparelhagem de som, dimensões variáveis.



                  Tunga, Lézart, aço, cobre e imã, 200 x1170 x 630 cm, 1989. Foto: Marcopolo Bonaccio


Tunga

Amilcar de Castro
Foto: Marcopolo Bonaccio



Edgard de Souza - Sem Título, bronze, 160 x 45 x 25 cm, 1998 
Foto: Marcopolo Bonaccio



Hélio Oiticica, Invenção da cor, Penetrável Magic Square # 5, De Luxe, 1977,
Foto: Marcopolo Bonaccio

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