segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Arte Educação

Foto tirada na FAAP 97-98
Olá a todos (as)!

II Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais - 2010
Disciplina: Crítica das Artes Visuais Moderna e Contemporânea
Aluno: Marcopolo de Resende Bonaccio
Pólo: Tiradentes

Mudanças ocorridas na arte moderna

Primeiro Ciclo.
A Arte Moderna vem se transformando ao longo do tempo, buscando incorporar elementos já utilizados por outros artistas e assim compor uma Arte com identidade, de tempo e espaço. “Libertação da Forma Tradicional”.
O Cubismo vai trabalhar principalmente a questão da geometrização do espaço. Os artistas procuravam novas maneiras de retratar o que viam e, influenciado por Cézanne, passaram a valorizar as formas geométricas. O Cubismo reafirma o término do “espaço renascentista” ao explodir de vez com o cubo renascentista.
Ocorreu uma quebra de paradigma pela primeira vez na arte ocidental, o princípio de que uma obra de arte, na concepção assim como na aparência, na essência e na substância, não precisa se restringir à aparência do objeto ao qual ele se refere.
No Futurismo há uma tendência ao dinamismo e à idolatria da civilização industrial e da maquina. A civilização industrial é o elemento principal de sua investigação, e o ponto central da estética futurista é a procura de uma expressão pictórica do dinamismo, além do repúdio a toda a tradição.
No Fovismo o artista passou a usar a cor como elemento mais importante da obra de arte. Para eles o desenho, as linhas e a perspectiva ficaram em segundo plano, pois tinham como princípio a simplificação das formas e o uso das cores puras, tal como nos tubos de tinta. O movimento era associado a Matisse, Derain, Vlaminck e outros.
O Expressionismo está principalmente “associado a dois grupos informais de artistas; o grupo Die Brücke (a ponte), formado em 1905 e dissolvido em 1913 e de um almanaque intitulado Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], do qual veio publicar um único número em 1912”¹. O movimento veio para designar a obra que abandona as idéias tradicionais e expressa a emoção do artista através de deformações e exageros de forma e de cor.

Segundo Ciclo.
Com o Dadaísmo, a própria ideologia da arte é questionada. As primeiras manifestações dadaístas surgem em Zurique e Nova York em torno de 1915/16. O Dadaísta ataca os símbolos culturais que aparecia estar à beira do suicídio. Sua arte tem um caráter espontâneo, lúdico, irracional e muito individual. Marcel Duchamp é um dos artistas que mais se destaca. “O dadaísta luta contra os estertores e delírios mortais de seu tempo... Sabe que este mundo de sistemas foi despedaçado, e que a era que exigia pagamento à vista acabou organizando uma liquidação de filosofias sem Deus” ².
O Surrealismo busca liberar a imaginação que atrás da racionalidade do ser humano, com seu esquema simbólico hierarquizado e classificado, assim como ordem social.
É a arte do sonho ou das imagens inexplicáveis. Salvador Dali, Joan Miró, René Magritte se destacam neste movimento que muitas vezes parece sem sentido, mas na realidade representam os pensamentos mais íntimos e verdadeiros do homem.
Action-painting Os artistas deste movimento rejeitam as tendências realistas e construtivas na arte e são atraídos pelo conteúdo do Surrealismo e pela técnica do automatismo. É uma extensão e elaboração do expressionismo caligráfico, tendo uma relação bem íntima com a caligrafia oriental. Jackson Pollock e Willem De Kooning fazem parte do grupo expressionismo abstrato, também conhecido como Escola de Nova York.  

1. Stangos, Nikos, Conceito de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1991, p.27
2. Hugo Ball, op.cit.   


Les Demoiselles d’ Avignom (1907), de Picasso.
Dimenções 244 cm x 234 cm. Óleo s/tela.
Museu de Arte moderna, Nova York.


Fonte, 1917/1964, de Duchamp.
Readymade: urinol de porcelana,
23,5 x 18 cm, altura 60 cm
Milão, coleção de Arturo Schwarz

Trilhas onduladas (1946), de Jackson Pollock.
Óleo e duco s/tela. Roma, Galeria Nazionale d’ Arte Moderna.
Referências:
STANGOS, Nikos. Conceito da Arte Moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
EVERS, Gerhard Hans. Do Historicismo ao Funcionalismo. Editorial Verbo, 1985.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. (1988). Trad. Denise Bottmann e Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
MINK, Janis. Marcel Duchamp: A Arte como Contra-Arte. Taschen, 1996.



II Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais
Disciplina: Crítica das Artes Visuais Moderna e Contemporânea
Aluno: Marcopolo de Resende Bonaccio
Pólo: Tiradentes
 Arte como geradora de novos conceitos

Neste modulo foram abordados conteúdos da estética o estudo do belo suas implicações a sintática formal. A legitimação da cultura impondo um padrão.
Podem-se observar mudanças ocorridas do século XIX até os dias de hoje que fizeram da Arte um instrumento transformador de valores resultante de estudos que legitimam o que é obra de arte e o que não é. No livro Conceito da Arte Moderna, STANGOS (1998: 40) escreve que:

...a ruptura que os artistas italianos da Renascença tinham sido guiados pelos princípios da perspectiva matemática e científica, de acordo com os quais o artista via se modelo de um único ponto de vista. Agora Picasso tivesse andado 180 graus em redor do seu modelo e tivesse sintetizado suas sucessivas impressões numa única imagem.


As novas tendências e movimentos artísticos revelam mudanças expressivas no campo da História da Arte uma redefinição nos conceitos na noção tradicional de objeto de arte.
No Cubismo, Futurismo, Fovismo, e Expressionismo se destacam uma quebra de paradigmas ocasionada pela revolução industrial. As tendências encontradas passam do Barroco ao Clássico, o do Realismo ao Abstracionismo. São meios de que marcam essas mudanças e que nos ajudam a perceber que os artistas se envolvem em criar o que ainda não foi criado, usando maneira de dialogar com materiais para mostra uma visão da estética baseados em filósofos que perpetuam padrões e referencias que são usadas na hora de criar valores para cada obra de arte.
No Brasil com a primeira Bienal de São Paulo em 1951 vieram para cá obras cubistas, surrealistas, e expressionistas abstratos e a Arte Brasileira inclinou-se para o abstracionismo, tanto geométrico quanto informal.
Nos Estados Unidos Arte Contemporânea vai se destacando em meados do século XX por movimentos que visavam a “sociedade de consumo”, “cultura de massa”.
A Arte Cinética, Op Arte, Pop Arte, Hard Edge e Minimalismo propõem trabalhos neste sentido. Segundo STANGOS (1998: 165), “Como praticamente tudo o mais em nossa sociedade, a cultura “pop” é o produto da Revolução Industrial e da série de revoluções tecnológicas que lhe sucederam”. Disse Warhol certa vez: “A razão por que estou pintando assim é porque quero ser uma máquina. Tudo que faço, e faço como uma máquina é porque isso o que quero fazer. Penso que seria estúpido se todo mundo fosse igual”.  
De acordo com a citação a Revolução Tecnológica é um facilitador para os artistas do final do século XX até os dias de hoje, surge uma nova geração de artistas preocupados em fazer arte inovadora como Vídeo Art, Graffiti, instalações, performances, Arte essa que vem carregada de “liberação” aqui no Brasil marcada “pela anistia política, a campanha pelas diretas a Nova República”.



Referências
STANGOS, Nikos. Conceito da Arte Moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
EVERS, Gerhard Hans. Do Historicismo ao Funcionalismo. Editorial Verbo, 1985.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. (1988). Trad. Denise Bottmann e Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
MINK, Janis. Marcel Duchamp: A Arte como Contra-Arte. Taschen, 1996.









 


Inhotim

Universidade Federal de São João del -Rei

Curso: Artes Aplicadas com Ênfase em Cerâmica 3º Período
Disciplina:Fundamentos da comunicação Data: 8/7/2010
Docente:Gedley


Resenha:

A indústria Cultural
O Iluminismo como mistificação das massas
Max Horkheimer e Theodor W. Adorno







Discente: Marcopolo de R. Bonaccio


A indústria cultural

A cultura contemporânea a tudo confere um ar de semelhança. Filmes, rádios constituem um sistema harmonizado em si e entre todos.
O cinema e o rádio se definem como indústrias o que não se diz é que o ambiente em que a técnica adquire tanto poder sobre a sociedade encara o próprio poder. A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação é o caráter repressivo da sociedade que auto-aliena.
A diferença do valor orçado na indústria cultural não tem nada a ver com a diferença objetiva de valor, com significado dos produtos. E o triunfo do capital investido.
A tarefa que o esquema kantiano ainda atribui aos sujeitos referente a multiplicidade sensível aos conceitos fundamentais é tomado do sujeito pela indústria.  Está realiza o esquematizo como um primeiro serviço ao cliente. Na alma agia segundo Kant, um mecanismo secreto que já preparava ao sistema da pura razão. Para o consumidor, não há mais nada a classificar que o esquematizou a produção já não tenha antecipadamente classificado. 
A indústria cultural se desenvolve com a primazia dos efeitos ao emancipar-se, tornando-se rebelde, e se erguera, desde o Romantismo até o Expressionismo.
Os lamentos dos historiadores de arte e dos defensores da cultura sobre a extinção da força geradora de estilo no Ocidente são acanhadamente infundados. A tradução que a tudo estereotipa, no esquema da reprodutibilidade mecânica, supera em rigor a validade qualquer estilo verdadeiro.
Eis o que resta da emoção inerente à obra, que não tem mais que afirmar sobre o material, é, ao mesmo tempo, negação do estilo. A conciliação do universal e do particular: eles são traspassados por uma turva identidade, o universo pode substituir o particular e vice-versa.
Os grandes artistas conservam a confiança para com o estilo e detém-si menos no estilo é uma promessa. Enquanto o conteúdo, por meio do estilo, entra nas formas dominantes da universalidade, na linguagem musical, pictórica, verbal, deve reconciliar com a idéia da universalidade autêntica.
Não é por acaso que o sistema da indústria cultural surgiu nos países industriais mais liberais, nos quais triunfaram todos os seus meios característicos: o cinema, o rádio, o jazz e as revistas. É verdade que seu desenvolvimento progressivo fluía necessariamente das leis gerais do capital. Acreditar que a barbaria da indústria cultural seja uma conseqüência de um “cultural log”, do atraso da consciência americana quanto ao estado alcançado pela técnica, é pura ilusão sob o monopólio privado da cultura sucede de fato que a tirania deixa livre o corpo e investe diretamente sobre a alma. Quem não se adapta é massacrado pela impotência econômica que se prolonga na impotência espiritual do isolado. Excluído da indústria, é fácil convencê-lo de sua insuficiência.
A mesmice também regula a relação com o passado. A novidade do estágio da cultura de massa em face do liberalismo tardio está na exclusão do novo. Nada deve permanecer como era tudo deve continuamente fluir, estar em movimento representando a má consciência social da arte séria.
O expectador não deve trabalhar com a própria cabeça, o produto prescreve toda e qualquer reação: não pelo seu contexto objetivo que desaparece tão logo se dirige à faculdade pensante, mas por meio de sinais. Toda conexão lógica que exija talento intelectual é escrupulosamente evitada.
A indústria cultural, não sublima, mas reprime e sufoca. E dessa forma muita coisa passa inclusive a libertinagem como especialidade comente em pequenas doses e com a etiqueta de ousado. A produção em série do sexo realiza automaticamente a sua repressão. O triunfo sobre o belo é realizado pelo humor, pelo prazer que se sente diante das privações bem-sucedidas.
O princípio básico consiste em lhe apresentar tanto as necessidades como tais, que podem ser satisfeitas pela indústria cultural, quanto por outro lado organizar antecipadamente essas necessidades de modo que o consumidor a elas se prenda sempre e apenas como eterno consumidor, como objeto da indústria cultural devendo contentar com o que é o oferecido.
Quanto menos a indústria cultural tem a prometer, quanto menos está em grau de mostrar que a vida é cheia de sentimento, tanto mais pobre se torna, por força das coisas, a ideologia por difundida.
Uma coisa é certa: a ideologia vazia de conteúdo não brinca em serviço quando se trata da previdência social. Para defender as próprias posições mantém-se viva uma economia em que, graças ao extremo desenvolvimento da técnica, as massas do próprio país já são de início, ultrapassadas na produção. A realidade compacta e sem lacunas, em cuja reprodução hoje resolve a ideologia, aparece tanto mais grandiosa, quanto mais vem mesclada do necessário sofrimento. O cinema trágico se torna definitivamente um instituto de aperfeiçoamento moral.
Na indústria cultural o indivíduo é ilusório não só pela estandardização das técnicas de produção. Ele só é tolerado a medida que sua identidade sem reservas com o universal permanece fora de contestação. A particularidade do Eu é um produto patenteado, que depende da situação social e que é apresentado como natural.
O valor de uso da arte, o seu ser, é para os consumidores um fetiche, a sua valorização social, que eles tomam pela escala objetiva das obras, torna-se o seu único valor de uso, a única quantidade de que usufruem. O que conta é o ato de vender o produto, o lucro não é só a sua intenção, mas o seu princípio exclusivo.
Os consumidores podem se alegrar que haja tanta coisa para ver e ouvir. Praticamente pode-se ter de tudo. A cultura é uma mercadoria paradoxal.
O caráter de montagem da indústria cultural a fabricação sintética e guiada dos seus produtos, industrializada não só no estúdio cinematográfico, mas virtualmente ainda na compilação das biografias baratas, nas pesquisas romanceadas e nas canções, adapta-se à propaganda. Técnica são economicamente propaganda e indústria cultural mostram-se fundidas.   
A repetição cega e a rápida expansão de palavras estabelecidas unem a publicidade de palavras de ordem totalitária. Infinitas pessoas usam palavras e expressões que ou nem mesmo mais compreendem, como símbolos protetores que se fixam tanto mais tenazmente aos seus objetos quanto menos ainda se está em grau de compreender o seu significado lingüístico.
As reações mais secretas dos homens são assim tão perfeitamente retificadas diante de seus próprios olhos que a idéia do que lhes é específico e peculiar apenas sobrevive sob a forma mais abstrata, isto é o triunfo da propaganda na indústria cultural.


·         A racionalidade técnica hoje é a racionalidade da própria dominação é o caráter repressivo da sociedade que se auto-aliena.
·         Os produtos da indústria cultural podem ser consumidos como mecanismo econômico.
·         Nega-se a emoção obra e reafirma sua resistência material.
·         A linguagem contribui para fortalecer o caráter publicitário da cultura isto é o triunfo da propaganda na indústria cultural.



   





Dan Graham - Bisected triangle, Interior curve, vidro espelhado e aço inoxidável, 220 x 713 x 504 cm, 2002. Foto: Marcopolo Bonaccio


Jarbas Lopes, Troca-Troca, 2002, fuscas com aparelhagem de som, dimensões variáveis.



                  Tunga, Lézart, aço, cobre e imã, 200 x1170 x 630 cm, 1989. Foto: Marcopolo Bonaccio


Tunga

Amilcar de Castro
Foto: Marcopolo Bonaccio



Edgard de Souza - Sem Título, bronze, 160 x 45 x 25 cm, 1998 
Foto: Marcopolo Bonaccio



Hélio Oiticica, Invenção da cor, Penetrável Magic Square # 5, De Luxe, 1977,
Foto: Marcopolo Bonaccio